Entenda como começou a crise do Ministério dos transportes

23/07/2011 16:57

 

2 de julho

Reportagem da revista Veja revela acerto entre empreiteiras e consultorias em licitações, com suspeita de superfaturamento e pagamento de propina ao PR, que comanda a pasta. O esquema envolveria o Dnit, orgãos ligados ao ministério, responsáveis por obras em rodovias e ferrovias.

Dilma deu uma broca na cúpula da pasta. O esquema seria comandado pelo deputado Valdemar da Costa Neto(SP), secretário-geral do PR, que atuava no ministério mesmo sem ter cargo. No mesmo dia, Dilma determinou o afastamento de quatro funcionários;

 

 

 

6 de Julho

Jornal O Globo mostra salto no pratimônio do filho do ministro Alfredo Nascimento, Gustavo Morais Pereira. Em dois anos, o capital de sua empresa teria passado de R$60 mil para mais de R$50 milhões.

No mesmo dia, Nascimento pediu demissão. Em seu lugar assume interinamente Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo e número 2 da pasta.

Jornal O Correio Braziliense mostra atuação de umm funcionário informal do Dnit, Frederico Augusto de Oliveira Dias, com poder de negociar contratos em nome de Valdemar;

 

11 e 12 de Julho

Após recusa do senador Blairo Maggi(PR-MT) em assumir Transportes, Dilma efetiva Paulo Sérgio Passos como titular da pasta. Embora filiado, Passos não era o preferido da legenda para ficar no cargo.

Em depoimento no Senado, Pagot disse desconhecer esquema de corrupção na ministperio e que sua demissão ainda depende de Dilma. No dia seguinte, repete o discurso na Câmara.

 

15 a 20 de Julho

Nova denúncia, do Jornal O Estado de S. Paulo, mostra que a empresa da mulher do número dois do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, faturou pelo menos R$ 18 millhões em contratos com o órgão.

Dilma demite Sadok e assessor informal de Frederico Dias.

Mais nove funcionários dos transportes, Dnit e Valec são demitidos. A maioria foi nomeada por indicação política do PR e do PT.